Monday, January 6, 2014

The Hunger Games – Os Jogos da Fome (2012) « A Grande Ilusão


Os Jogos da Fome


A Parte 2 (ainda) anda nas salas (e bem cheias).


Bom motivo para rever o início.


Ficção apocalíptica que até ganha contornos perturbantes nos dias de hoje (e se os pobres vêm os seus filhos a participarem em jogos de entretenimentos de ricos, televisões e governos?).


Futuro (próximo?). Uma nação divide-se em distritos. Governo e televisão são dois poderes que se confundem e completam. O entretenimento máximo é uma competição chamada “Os Jogos da Fome”. Trata-se de um jogo de sobrevivência, criado como entretenimento e castigo pelo governo, transmitido em directo pela televisão, onde só pode sobreviver um. Katniss Everdeen parte voluntária para a competição, protegendo a sua irmã mais nova, que seria a escolhida. Mas Katniss está disposta a mudar as regras do jogo e do sistema. Mas é preciso que sobreviva.


Hollywood continua (e faz muito bem) em busca de sagas fantasistas e com poder de espectáculo capazes de seduzir as audiências mais jovens. As fontes continuam na literatura. Esta é mais uma.


Gary Ross é um dos mais prestigiados talentos de Hollywood, seja como argumentista (“Big”, “Dave”) ou realizador (“Pleasantville” e “Seabiscuit”), tendo também bom curriculum na elaboração de discursos de políticos democratas (governos incluídos – o de Bill Clinton, por exemplo).


O elenco é bom (Josh Hutchinson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Stanley Tucci, Donald Sutherland), mas o destaque vai mesmo para a talentosa (e formosa) Jennifer Lawrence. Este filme pretendia ser o seu star vehicle, depois dos acertados passos dados em “The Winter`s Bone” e “X-Men: First Class” (sequela já em Maio).


Misto de “Spartacus” e “The Truman Show”, “The Hunger Games” é um fantástico filme, entre a sci-fi, filme de acção, survival-movie e a parábola sócio-política, com ideias muito adequadas aos nossos dias.


Retirando um ou outro “extremismo”, é caso para perguntar onde está a sci-fi, pois muito do que se foca é uma realidade.


Lamenta-se apenas a falta de um cineasta/realizador mais capaz para a acção, a violência, o rigor visual e a sátira política que o filme exige. “The Hunger Games” seria perfeito para Paul Verhoeven (mas menos complacente com as audiências).


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Magnifico trabalho da linda e talentosa Jennifer Lawrence, que aqui ganha o seu (merecido) star vehicle, compondo uma das mais interessantes e densas personagens do cinema recente.


Uma boa surpresa.


Entretenimento inteligente, capaz de fazer pensar e reflectir (muito).


Baseado no primeiro livro da trilogia literária (iniciada em 2008) de Suzanne Collins, que já vendeu mais de 30 milhões de exemplares. Os restantes episódios são “Catching Fire” e “Mockingjay”. A saga literária (completa) está à venda em Portugal.


Danny Elfman era o compositor inicialmente escolhido, mas conflitos de agenda levaram-no a desistir. Foi substituído pelo (também brilhante) James Newton Howard.


O realizador da Second Unit é… Steven Soderbergh (sim, o de “Sex, Lies and Videotape”, a trilogia “Ocean`s 1…”, “Che”). Tal função é um gesto de amizade (que já é longa) de Soderbergh a Ross. Aqui se explica a falta de garra quando o filme quer ser de acção – Soderbergh é outro incapaz para tal género (veja-se a sua incursão, algo anémica, no género com o divertido “Haywire”, onde a acção só vem mesmo da agilidade da aguerrida Gina Carano).


Site – http://www.thehungergamesmovie.com/


Sobre Suzanne Collins – http://www.suzannecollinsbooks.com/




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Source:


http://agrandeilusaocaminha.wordpress.com/2014/01/06/the-hunger-games-os-jogos-da-fome-2012/






The Late News from http://playthehungergames.blogspot.com